terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A nossa História

No dia 31 de Janeiro de 1891, há 121 anos, eclodiu no Porto um levantamento militar que, motivado e contrário à cedência do Governo e da Coroa ao Ultimatum de 1890 imposto pela Inglaterra, pretendeu instalar um governo provisório e chegou mesmo a proclamar a República na Praça da Liberdade.
A liderar e a impulsionar a então designada «Revolta do Porto», apoiando as forças reunidas e comandadas por capitão Amaral Leitão, alferes Rodolfo Malheiro e tenente Coelho, destacaram-se, entre outras consideradas figuras intelectuais da época, Alves da Veiga, Basílio Teles, João Chagas, Paz dos Reis, Sampaio Bruno e Verdial Cardoso.
Após empolgante percurso desde a actual Praça da República até à entrada na Praça da Batalha, os revoltosos foram inopidamente parados por um poderoso ataque da Guarda Municipal que, posicionada na escadaria da Igreja de Santo Ildefonso, abriu violenta descarga fuzilante sobre a multidão em marcha, tendo-se aí registado, entre mortos e feridos, à volta de meia-centena de vítimas, o que desde logo intimidou e obrigou à dispersão das hostes revolucionárias.
 Em severo rigor repressivo, os implicados na gorada intentona, cerca de 700 revoltosos civis e militares, foram sumariamente julgados por Conselhos de Guerra instalados a bordo de navios estacionados ao largo de Leixões e sentenciados a penas que oscilaram entre 18 meses e 15 anos de reclusão.
Daqui e em memórica honra do ocorrido, logo que a República foi enfim decisivamente proclamada em 1910, entre as diversas ruas da cidade que tomaram o nome das mais importantes figuras revolucionárias, a rua de Santo António, que ascende da Estação de São Bento à Batalha, passou a chamar-se 31 de Janeiro.

fonte: http://www.jn.pt/blogs/fadonorte/archive/2010/01/29/31-de-janeiro-revolu-231-227-o-do-porto.aspx

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O Peso da História

38 anos depois da morte de 14 manifestantes católicos em Londonderry, na Irlanda  do Norte, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em janeiro de 2010, pediu desculpa pela acção "injustificada e injustificável" dos pára-quedistas naquele Domingo Sangrento de 30  de Janeiro de 1972.

Cameron pede perdão por Domingo Sangrento - Globo - DN

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dia de Memória do Holocausto

27 de Janeiro, dia de homenagem às vítimas do Holocausto, devíamos recordar o nosso herói do Holocausto: Aristides de Sousa Mendes, um homem que continua a não ter o reconhecimento que merece. Aristides devia ser um dos heróis da nossa mitologia colectiva, mas não é. Experimentem fazer perguntas sobre Aristides aos miúdos do liceu. A maioria não reconhecerá o nome e, estou certo, uma minoria de arruaceiros confundirá Aristides com um jogador do Borussia de Dortmund ou coisa assim. Neste sentido, vale a pena consultar esta hagiografia (não é uma biografia) de Miriam Assor. Com provas irrefutáveis, o livro revela a grandeza de Aristides de Sousa Mendes.

Logo em 1939, Salazar emitiu a Circular 14, o documento que impedia os embaixadores portugueses de dar vistos aos judeus ("quer tenham sido expulsos do seu país de origem quer do país de onde são cidadãos"). Colocando em causa a sua carreira e a sua família, Aristides, o cônsul português em Bordéus, desafiou Salazar e deu vistos diplomáticos a milhares de judeus. Luxemburgueses, dinamarqueses, noruegueses, belgas e holandeses invadiram Bordéus à procura do Santo Aristides. Desta forma, Aristides tirou 30 mil vidas da linha de montagem assassina. Enquanto a maioria se refugiou no cumprimento da lei (Circular 14), Aristides assumiu que a lei pode ser imoral, assumiu que legalidade pode não ter legitimidade . A sua heroicidade vem daqui.
Tendo em conta a estatura homérica destes actos, não se compreende o relativo desprezo da cultura portuguesa por Aristides. Não há uma grande biografia. Não há um romance. Não há uma série de TV. Não há um filme. Temos um Schindler e não lhe damos valor. É como se a expressão "herói português" fosse, em si mesma, uma contradição em termos. É como se a expressão "herói português" fosse um incómodo para a nossa visão cínica de PortugalLer mais: http://aeiou.expresso.pt/o-nosso-heroi-do-holocausto=f701365#ixzz1kgVzvTAJ

Portugal: Iniciativas assinalam memória do Holocausto

Portugal: Iniciativas assinalam memória do Holocausto

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Carta Apostólica O RÁPIDO DESENVOLVIMENTO, do Papa João Paulo II aos responsáveis pelas Comunicações Sociais

14. O apóstolo Paulo tem uma mensagem clara para quantos estão comprometidos na comunicação social políticos, comunicadores profissionais, espectadores: "despi-vos da mentira e diga cada um a verdade ao seu próximo, pois somos membros uns dos outros [...] Nenhuma palavra desagradável saia da vossa boca, mas apenas a que for boa, que edifique, sempre que necessário, para que seja uma graça para aqueles que a escutam" (Ef 4, 25.29).
Aos trabalhadores da comunicação, e principalmente aos crentes comprometidos neste importante âmbito da sociedade, repito o convite que desde o início do meu ministério de Pastor da Igreja Universal quis fazer ao mundo inteiro: "Não tenhais medo!".
Não tenhais medo das novas tecnologias! Elas incluem-se "entre as coisas maravilhosas" "inter mirifica" que Deus pôs à nossa disposição para as descobrirmos, usarmos, fazer conhecer a verdade, também a verdade acerca do nosso destino de filhos seus, e herdeiros do seu Reino eterno.
Não tenhais medo da oposição do mundo! Jesus disse-nos: "Eu venci o mundo!" (Jo 16, 33).
Não tenhais medo também das vossas fraquezas e da vossa inaptidão! O Mestre divino disse: "Eu estarei sempre convosco, todos os dias, até ao fim do mundo" (Mt 28, 20).
Comunicai a mensagem de esperança, de graça e de amor de Cristo, mantendo sempre viva, neste mundo passageiro, a eterna perspectiva do Céu, perspectiva que nenhum meio de comunicação jamais poderá alcançar directamente: "O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não pressentiu, isso Deus preparou para aqueles que o amam" (1 Cor 2, 9).
Confio a Maria, que nos deu o Verbo da vida e guardou no seu coração as suas palavras que não perecem, o caminho da Igreja no mundo de hoje. A Virgem Santa nos ajude a comunicar com todos os meios a beleza e a alegria da vida em Cristo nosso Salvador.
Concedo a todos a minha Bênção!
Vaticano, 24 de Janeiro de 2005, memória de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Imagem resgatada do navio Costa Concórdia é de Nossa Senhora de Fátima

Boletim Informativo 06/2012, de 22 de Janeiro, 10:30
Imagem resgatada do navio Costa Concórdia é de Nossa Senhora de Fátima
A imagem resgatada intata este sábado, 21 de janeiro, do navio Costa Concórdia, naufragado junto da ilha de Giflio, Itália, é a de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
Em resposta a vários pedidos de informação, confirma-se que efetivamente a imagem recuperada da capela do navio de cruzeiros é a de Nossa Senhora de Fátima, uma réplica da imagem da Capelinha das Aparições do Santuário de Fátima em Portugal.
A imagem resgatada foi entronizada na capela do navio no dia do batismo e inauguração da embarcação, a 7 de julho de 2006, na presença do cardeal D. Stephen Fumio Hamao, então presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.
A imagem tinha sido adquirida no Santuário de Fátima pelos empresários proprietários do Costa Concórdia. Em representação do Santuário de Fátima esteve presente na celebração inaugural o Padre Clemente Dotti, sacerdote italiano então ao serviço do Santuário.
O jornal oficial do Santuário de Fátima em português, “Voz da Fátima”, publicou na altura um breve apontamento informativo, na edição 13 de setembro de 2006.
De acordo com a informação transmitida este fim de semana ao Padre Clemente Dotti, a imagem resgatada está agora na igreja paroquial da ilha de Giglio.
Este domingo, em Fátima, durante a recitação do rosário das 10:00, na Capelinha das Aparições, o Padre Luciano Cristino, capelão do Santuário, anunciou com alegria, em português e em italiano, a recuperação da imagem. Antes das três ave-marias finais, o sacerdote saudou os sobreviventes e rezou pelos falecidos. Solidarizou-se sobretudo com todos aqueles que mais sofrem com esta tragédia, em especial os familiares dos passageiros falecidos ou ainda desaparecidos.

LeopolDina Simões

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Festa do Baptismo do Senhor

ANGELUS
Praça de São Pedro
Domingo, 8 de Janeiro de 2012

Queridos irmãos e irmãs!
Celebramos hoje a festa do Baptismo do Senhor. Esta manhã conferi o Sacramento do Baptismo a dezasseis crianças, e por isso gostaria de propor uma breve reflexão acerca do nosso ser filhos de Deus. Mas antes de tudo pelo nosso ser simplesmente filhos: esta é a condição fundamental que todos temos em comum. Nem todos somos pais, mas todos certamente somos filhos. Vir ao mundo nunca é uma escolha, não nos é perguntado se queremos nascer. Mas durante a vida, podemos amadurecer uma atitude livre em relação à própria vida: podemos acolhê-la como um dom e, num certo sentido, «tornar-nos» o que já somos: tornar-nos filhos. Esta passagem assinala uma mudança de maturidade no nosso ser e na nossa relação com os nossos pais, que se enche de reconhecimento. É uma passagem que nos torna capazes de ser por nossa vez pais — não biologicamente, mas moralmente.

Leia a mensagem completa em

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Igreja/Estado: Assinatura dos protocolos de cooperação com o setor solidário

Os pais vão poder escolher entre a frequência de Atividades de Tempos Livres (ATL) ou Atividades de Enriquecimento Curricular para os seus filhos, revelou à Lusa o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS).

Esta é uma das novidades do protocolo de cooperação a celebrar hoje entre o Governo e instituições de solidariedade, a União das Misericórdias Portuguesas e a União das Mutualidades Portuguesas, numa cerimónia em que estarão presentes o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares.
Entre as “medidas francamente positivas” dos protocolos, o presidente da CNIS, Lino Maia, sublinhou “o direito de escolha para os pais de poderem pôr os filhos a frequentar um ATL”.

Lisboa, 17 jan 2012 (Ecclesia)

Igreja/Estado: Assinatura dos protocolos de cooperação com o setor solidário

domingo, 15 de janeiro de 2012

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Gandhi e o jejum

Na tradição cristã, o jejum é visto num clima de oração, de intercessão e de purificação, e pode ser público. Nesse caso é encarado como uma maneira de protestar, de testemunhar ou de implorar justiça.
A acção de um homem como Gandhi é paradigmática. Na sua vida, nunca utilizou o termo greve de fome, mas sempre a palavra jejum. Levou a cabo bem 17 jejuns prolongados. O mais famoso foi sem dúvida o de Calcutá. Em Agosto de 1947, logo a seguir à independência da Índia, o país mergulhou num banho de sangue: a separação do Paquistão da Índia fazia-se entre massacres e deportações atrozes. Em Calcutá, Gandhi faz de tudo para apaziguar as duas comunidades, hindu e muçulmana. Tudo em vão. A 31 de Agosto, com 78 anos decide fazer um jejum até à morte, com o qual conseguiu a pacificação da cidade.
De 13 a 18 de Janeiro de 1948, Gandhi recomeça, desta vez em Deli, a mesma obra de reconciliação e com idêntico sucesso. Virá a ser o seu último jejum, e a causa imediata do seu assassínio 12 dias mais tarde. Na verdade, para Gandhi, o jejum era antes de mais uma experiência pessoal de purificação, tendo em vista o domínio dos próprios instintos. Quando jejuava publicamente, era mais para interpelar os seus amigos que para combater os inimigos. A eficácia dos seus jejuns devia-se mais à grande popularidade de que gozava entre o seu povo.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Les Aventures de Tintin



As Aventuras de Tintim é o título de uma série de histórias em quadrinhos, criado 1929 por Georges Prosper Remi, conhecido por Hergé. Tintim é um jovem jornalista e viajante belga, sempre acompanhado pelo seu fiel cão Milu. A primeira aparição dos dois foi a 10 de janeiro de 1929, no Le Petit Vingtième, um complemento do jornal Le Vingtième Siècle dedicado ao público infantil.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Dia de Reis e... Presidentes


Em Dia de Reis, Cavaco sublinha importância das tradições e dos valores - Política - PUBLICO.PT

O Presidente da República sublinhou nesta sexta-feira a importância da tradição do Dia de Reis e dos valores de entreajuda, solidariedade e partilha que lhe estão associados, considerando que “ajudam à união de todos os portugueses”.

Dia de Reis

Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente. «Onde está – perguntaram eles – o rei dos judeus que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-l’O». Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado e, com ele, toda a cidade de Jerusalém. Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias. Eles responderam: «Em Belém da Judeia, porque assim está escrito pelo Profeta: ‘Tu, Belém, terra de Judá, não és de modo nenhum a menor entre as principais cidades de Judá, pois de ti sairá um chefe, que será o Pastor de Israel, meu povo’». Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos e pediu-lhes informações precisas sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela. Depois enviou-os a Belém e disse-lhes: «Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino; e, quando O encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-l’O». Ouvido o rei, puseram-se a caminho. E eis que a estrela que tinham visto no Oriente seguia à sua frente e parou sobre o lugar onde estava o Menino. Ao ver a estrela, sentiram grande alegria. Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O. Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra. E, avisados em sonhos para não voltarem à presença de Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho.